"E se me achar esquisita, respeite também. até eu fui obrigada a me respeitar." Sintam-se a vontade e voltem sempre ! beijos
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Já que toda festa tem seu fim, a da Mari não foi diferente. 02:00
da manhã e eu já estava à caminho de casa, pensando nele, pensando no sorriso
dele.
Cheguei em casa variando entre tristeza e muita felicidade, eu
estava realmente confusa e a única coisa me dava uma real certeza, é que eu
precisava da minha fofa e adorável cama.
O queria seria de mim dali por diante? Nos próximos dias, nos
próximos anos? Essa era a pergunta que martelava em minha cabeça até que,
enfim, eu consegui pegar no sono.
Agora, se a minha noite de sono foi tranqüila, já é outro assunto
ou “outros quinhentos” como diz D. Martha, Minha avó!
Ah, esse é outro detalhe a meu respeito que vocês precisam saber,
pois ele é muito importante e crucial na minha história. Sim, eu moro com meus
avós, os paternos.
No meu sonho, Sérgio chegava voando –como um anjo de verdade- e
sorria enquanto afagava meus cabelos, como se me protegesse. Achei que aquilo
poderia ser um sinal pra que eu nem me iludisse ou me entregasse a esse amor
que estava criando raiz. Hoje, me pergunto como teria sido se eu tivesse dado
atenção ao sonho. Acho que, no final, eu teria me arrependido de não seguir meu
coração.
Com as várias interrogações que esse sonho me causou, levantei da
cama a fim de tomar uma água e voltar a dormir. Bebi a água, mas não conseguia
dormir. Olhei em volta e vi um bloco de folhas em branco e uma caneta azul.
Pensei: “Tá aí, vou tentar escrever algo pra ele, algo relacionado ao que estou
sentindo. Pode ser que saia algo bom” E saiu, eu acho.
É
fatal o modo como teu sorriso me hipnotiza, me transporta para um lugar muito
distante desse que me encontro agora. Lugar esse em que vejo luz, amor e paixão.
A luz dos teus olhos, o amor no teu abraço e a paixão no teu toque.
Já não lembro mais de muitas coisas boas
acontecendo em minha vida antes de você.
Provavelmente foi esse tal
poder do teu sorriso que afastou toda negatividade da minha vida e me fez
abraçar, com braços fortes, a felicidade.
Senti meu coração acelerar, minhas pernas tremerem e meus olhos brilhavam,
eu podia sentir e imaginar isso.
Não sabia, ao certo, se aquilo que eu tava sentindo era amor, mas
era algo bem parecido com o que eu tinha lido por revistas, sites e outras
fontes.
A festa tinha “acabado” pra mim a partir daquele momento. Eu não
conseguia mais fazer nada, nem dançar, nem comer ou me divertir. Só conseguia
olhar e apreciar aquele anjo, ou pelo menos o que aquele homem tinha se tornado
pra mim.
Ao decorrer da noite, fui recuperando meu controle e voltei a ser
a Giovanna de sempre, mas essa Giovanna agora não era mais a mesma, de fato. A
nova versão de mim estava amando, o seu primeiro amor. Um amor impossível.
Sérgio era mais velho que eu, irmão da minha melhor amiga e nunca
tinha reparado em mim, pelo menos não como uma mulher. Sim, eu queria me sentir
mulher aos 12 anos.
Confesso que, ao ver aquelas pessoas se aproximando dele com tanta
naturalidade me deixou inquieta, pois eu não conseguia nem sorrir pra ele. Ora,
eu que antes o abraçava, com toda a inocência da pequena Giovanna, não conseguia
nem sorrir pra ele. Muito tensa essa situação. Ainda sinto as emoções daquele
dia como se fosse hoje.
Como todo adolescente e toda criança, eu mudava de humor
rapidamente naquela época e logo me vi outra vez curtindo a festa, mas sem
tirar os olhos dele, claro!
Meu livro em capítulos
12 anos
Minha melhor amiga estaria comemorando seus 15 anos dali à algumas
horas, meu cabelo e minhas unhas já estavam prontos, e impecáveis.
Como todo dia comum em minha vida até ali, eu acordei cedo e segui
minha rotina. Mal sabia eu que minha vida toda mudaria naquele Sábado à noite.
20:15h da noite, eu estava à caminho do salão de festas, fui a pé
mesmo, já que o salão ficava bem pertinho. Cheguei, dei um abraço bem gostoso
na minha amiga- que estava uma verdadeira princesa dentro daquele vestido
coral, com tantos cachos e uma linda coroa na cabeça. Emocionei-me- e desejei a
ela tudo de melhor dessa vida. Enfim, todas aquelas coisas bem “clichês”.
Tudo andava às mil maravilhas, pouco tempo tinha se passado e eu
já havia dançado, dado muitas risadas, comido, enfim, me divertido bastante.
Resolvi sentar à mesa, junto dos meus tios e minhas primas. Foi aí que as
badaladas do destino bateram e marcaram presença e, talvez, permanência em
minha vida dali por diante. Já vou contar o que vem depois.
Eu, por minha vez, sempre fui uma menina carinhosa- um pouco
carente-fofa, auto-astral, criativa etc. Aquela era a primeira vez em que eu ia
à uma festa de 15 anos, e olha que eu tinha 12. Não esperava nada menos que
perfeito daquele dia, só que eu me esqueci de contar um detalhe: De um dos dias
mais felizes da minha vida, surgiu o início dos meus futuros amargos anos.
Então eu estava sentada, distraída, e eis que entrou um anjo pela
porta do salão. Anjo esse que eu já conhecia, porém, nunca o tinha visto
daquele jeito.
Meu amor, meu Ódio
Tem
horas em minha vida que preferiria que mil punhais feitos do mais puro aço, do
mais brando fogo, ultrapassassem meu
coração que te amar como te amo
Pois
tu és meu anjo e meu demônio, és a luz e as trevas
És
tudo de bom e ruim que tenho em minha alma, tu me trazes alegrias e lágrimas
Nunca
pensei amar uma pessoa como o amo, nunca pensei odiar uma pessoa como te odeio
Te odeio por não poder te beijar
Te
odeio por não poder te acariciar
Te
odeio por não poder te amar
Te
amo em silêncio pois sei quem em mim só enxergas uma aliada, uma amiga.
Tem
horas em meu leito que lágrimas escorrem de minha face
Pois
penso que com outra estás e pergunto a Deus se quão pecadora que sou
Que
não mereço a ti.
E me
pego sozinha gritando seu nome, minha mente voa; criando uma paraíso onde só
nós dois existimos
Mas
logo esse paraíso se torna um inferno pois me pego outra vez sozinha
Ao
menos uma vez, queria poder sentir seus doces e delicados lábios se
entrelaçando nos meus
Seu
corpo quente de pele macia se unindo ao meu e em ao menos um segundo nós nos
tornando uma única carne, um único ser.
Sei
que esse desejo nunca me será concebido pois sou uma pobre mortal não digna de
sua beleza e de seu sorriso.
Te
odeio por não poder te amar
Porém,
te amo com todas as forças do meu ser, pra sempre amarei, e continuarei te
amando
Como
um privilégio e uma maldição que se propagará até o fim de meus amargos dias.
Desistir nem sempre é um sinal de fraqueza, mas de amadurecimento.
“Ei, só vim avisar que estou desistindo, ok? Acho que assim será melhor, com ou sem você, já não importa mais. Venho vivendo em um permanente e inútil sacrifício, apenas mudarei o foco. Prometo esquecer-te.
Aprendi a lembrar de ti a todo momento, agora bastará lembrar de te esquecer. Não vai ser difícil, vou tentar lembrar do muito que te dei e do pouco que recebi, vou lembrar dos sorrisos que desejei enquanto as lágrimas tomavam conta de mim, vou lembrar do quanto te amei e o que isso significou pra você.
Bom, será assim. Vou sofrer como antes, mas dessa vez terei amor próprio, cuidarei mais do meu ‘eu’. Posso ter sido mais uma pra você, mas sou única pra mim.”
Aprendi a lembrar de ti a todo momento, agora bastará lembrar de te esquecer. Não vai ser difícil, vou tentar lembrar do muito que te dei e do pouco que recebi, vou lembrar dos sorrisos que desejei enquanto as lágrimas tomavam conta de mim, vou lembrar do quanto te amei e o que isso significou pra você.
Bom, será assim. Vou sofrer como antes, mas dessa vez terei amor próprio, cuidarei mais do meu ‘eu’. Posso ter sido mais uma pra você, mas sou única pra mim.”
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