Senti meu coração acelerar, minhas pernas tremerem e meus olhos brilhavam,
eu podia sentir e imaginar isso.
Não sabia, ao certo, se aquilo que eu tava sentindo era amor, mas
era algo bem parecido com o que eu tinha lido por revistas, sites e outras
fontes.
A festa tinha “acabado” pra mim a partir daquele momento. Eu não
conseguia mais fazer nada, nem dançar, nem comer ou me divertir. Só conseguia
olhar e apreciar aquele anjo, ou pelo menos o que aquele homem tinha se tornado
pra mim.
Ao decorrer da noite, fui recuperando meu controle e voltei a ser
a Giovanna de sempre, mas essa Giovanna agora não era mais a mesma, de fato. A
nova versão de mim estava amando, o seu primeiro amor. Um amor impossível.
Sérgio era mais velho que eu, irmão da minha melhor amiga e nunca
tinha reparado em mim, pelo menos não como uma mulher. Sim, eu queria me sentir
mulher aos 12 anos.
Confesso que, ao ver aquelas pessoas se aproximando dele com tanta
naturalidade me deixou inquieta, pois eu não conseguia nem sorrir pra ele. Ora,
eu que antes o abraçava, com toda a inocência da pequena Giovanna, não conseguia
nem sorrir pra ele. Muito tensa essa situação. Ainda sinto as emoções daquele
dia como se fosse hoje.
Como todo adolescente e toda criança, eu mudava de humor
rapidamente naquela época e logo me vi outra vez curtindo a festa, mas sem
tirar os olhos dele, claro!
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